2008-12-05

O Pão caiu... perdi o equilíbrio!



Na semana que passou preparei um pão com manteiga para acompanhar o café. Devido a pressa deixei cair. Adivinhe para que lado ficou a parte com manteiga. Sim, para baixo.

Imediatamente surgiu uma lista de frases como, só acontece comigo, que droga, e outras tão fortes que nem tinha me dado conta que conhecia (palavrões). Só que não pronunciei nenhuma delas.

Na hora, lembrei-me de quando vi uma menininha (devia ter no máximo dois anos, estava acompanhada da mãe), tentando comer um pão preparado com o mesmo, e precipitado, ingrediente. O que chamou minha atenção foi sua reação, pois começou a rir de uma maneira contagiante. Percebi que todos fizeram o mesmo.

Constatei que enquanto crescia, e adquiria consciência, aprendi a dar mais importância a algumas coisas e menos a outras. Tudo bem se não fosse o fato de abandonar reações e atitudes que fazem bem.

Toda essa consciência acabou por minimizar a capacidade de manter o equilíbrio (e até de me alegrar), com situações simples cujas conseqüências não são ruins. Fiquei envergonhado, pois uma criança encontrava graça em um pão que caia, mas eu praguejava. Como se isso fosse resolver.
Me encontrava "desequilibrado".

Decidi abandonar algumas coisas que aprendi enquanto crescia. Percebi que, na verdade, são de pouca ou nenhuma serventia para viver. Também resolvi tentar lembrar das reações que tinha enquanto criança, enquanto não tinha aprendido a reclamar, e tentar adaptá-las para o momento atual.

Concluí que, se aprendi enquanto crescia (sem consciência), posso desaprender o que não serve mais (com consciência) e abrir caminho para novos aprendizados.

Acredito que assim, encontre o equilíbrio e possa, novamente, rir de um pão que cai.

E você?
Já teve uma reação incompatível com “um pão com manteiga que caiu”?
Acha que consegue ser equilibrado e contornar a situação?

Vale ser criativo. Quer ver?
Desse momento em diante, só preparo sanduíches.
Se cair, a manteiga vai ficar do lado de dentro.

Deixo um abra
ço, uma reação de criança que tento reaprender.


2008-12-03

Mais Contraste, Menos Contraste .... até Equilibrar

Tem algum tempo desde que me decidi por tentar entender como o ser humano se comporta ao viver em sociedade.

Como na maioria das vezes preciso ver para acreditar, tive a idéia de fazer uso do contraste. Aquele botão que tem no aparelho de televisão, no monitor do micro, do celular. Achei que esse recurso poderia ajudar a enxergar algo que me parecia existente.

Cada vez que observava e refletia sobre seres humanos vivendo em sociedade, acionava um dispositivo imaginário. Mais contraste, menos contraste.

Percebi que, em algumas cidades, as pessoas de dividem (ou organizam) de maneira que, os que possuem mais (ou muito) recurso se localizam em um determinado lugar, e os que possuem pouco (ou nenhum) recurso se localizam em qualquer lugar (desde que seja bem longe). Quando, por algum motivo, precisam ir até a localidade do outro portam-se como se estivessem em um mundo completamente diferente. Como se o outro ser fosse estranho (muito contrate). Mas quando voltam para casa, agem como se todos fossem iguais (pouco contraste). Na realidade ajustam o contraste para obter uma imagem que os satisfaça. Fiz o mesmo para tentar entender. Utilizei mais e menos contraste.

Já em outras cidades, as pessoas não se dividem assim. Apesar da diferença de recursos convivem próximos. Sabem das dificuldades ou das facilidades que fazem parte da vida do outro, a diferença é que convivem (uma interessante lição) normalmente com isso, ao ponto de enxergar a realidade do outro diariamente, com respeito. Utilizam pouco contraste para a localização, mas bastante contraste para fazer prevalecer o valor do ser humano.

Acredito que o ser humano, ao ser criado, recebeu, algumas características para que pudesse aprender com ele mesmo, bastando olhar para si próprio. Lembro disso quando surge o assunto sobre a cor da pele. Aprendemos muito cedo a ver o mundo com o contraste no grau mais elevado (pode ser difícil baixar, não impossível). Se diminuirmos o contraste (que muitas vezes insistimos e utilizar no grau máximo) veremos que somos todos iguais. Um dos presentes que recebemos e que insistimos em renegar.

Concluí que quanto mais radical algo se apresenta mais contraste precisarei utilizar para tentar entender. Conseqüentemente, quando menos radical, menos contraste.
Após entender, para melhor viver, devo regular o contraste.
Em busca do equilíbrio.

Fica a sugestão.
Quando precisar compreender algo, e estiver difícil de enxergar, ajuste o contraste, pode ajudar.

Vou dar um exemplo.
Na imagem abaixo, o conteúdo é o mesmo.
Tente diminuir o contraste. Não são iguais?

Depois disso, se puder e quiser (sem nenhum compromisso), me diz como foi.
Até o próximo.


2008-12-02

O Caminho Que Leva ao Equilíbrio

Fico impressionado com as soluções que se pode encontrar ao percorrer um caminho.

A imagem de que, primeiramente, tenho lembrança, é a de um homem sentado, pensando. Concordo com o fato de que, para se chegar a uma conclusão sobre um determinado assunto, pode ser ideal (para abstrair).
Já quando se precisa contar com a intuição, percorrer um caminho pode ser mais produtivo.

Todas as manhãs, quando vou para o trabalho, percorro um trajeto que leva aproximadamente vinte minutos (é uma subida que tem um nome sugestivo).
Quando saio de casa, estou ansioso para começar o dia, apreensivo com o que pode ocorrer, e cheio de dúvidas de como deveria proceder.

Durante o trajeto observo as pessoas se deslocando. Imagino seus destinos, e lembro que tiveram uma preparação semelhante a minha antes de sair de casa.

Percebo que os mais jovens são mais alegres (sorrisos), andam em duplas ou em grupos, ou ainda ouvindo música (muito usam fones de ouvido).

O mesmo não acontece com os de meia idade e os mais idosos.
Apesar de, a meu ver, poder dispor de uma situação relativamente melhor do que os mais jovens, não me parecem agir de forma semelhante. O rosto não estampa um sorriso, o olhar não tem o mesmo brilho e, geralmente, se deslocam sozinhos.
Quando em dupla ou em grupo reclamam de algo (que não podem mudar).

Ao final do caminho estou diferente. Meus anseios, minhas dúvidas e uma inconveniente indisposição ainda existem, só que em tamanho e intensidade quase insignificantes.

Provavelmente seja intuitivo, mas o resultado é que me vejo em estado de equilíbrio.


Equilíbrio para dizer “bom dia”, para começar a trabalhar, e para interagir com as pessoas.
Freqüentemente, ao final da subida, digo: Vai ser um bom dia.

É assim que aproveito o caminho.

E você?

Já se sentiu melhor após percorrer algum caminho?