2008-11-29

SIM e NÃO (em busca do equilíbrio).

Opostos, mas ao serem considerados em conjunto denotam opção.

Ao se dizer SIM para algumas situaçoes, se diz NÃO a outras.

Muitas vezes reclamei, por NÃO compreender, completamente, as consequência de algumas escolhas que fiz.

Quando finalmente compreendia (SIM, gosto de refletir sobre o que aconteceu), percebia que estava com uma nova realidade.
NÃO mais poderia fazer voltar a situação inicial e escolher a outra opção.

Mas havia, naquela nova realidade, algo que ainda não tinha percebido. A possibilidade de evoluir.
Como precisava aprender coisas novas, me adaptar (o segredo da vida moderna), me relacionar, e, ainda assim interagir, seria alguém diferente depois de todo esse processo. Nunca completamente, mas diferente.

Esse desequilíbrio, e conseqüentemente, a busca de um "novo" ponto de equilíbrio, iriam provocar uma transformação.
Acredito que, quando o desequilíbrio é provocado por agentes alheios a nossa vontade, funciona como uma metamorfose.
Já quando é provocado por escolhas que fazemos (para amenizar, vamos dizer que somos "forçados" a fazer), lá vem o SIM e o NÃO, a intensidade da dor é maior.
É maior porque não podemos reclamar. Já fiz muito isso.
Corremos um sério risco de ouvir que a opção foi nossa.

Na verdade, merecemos ouvir, faz até bem.
Causa um novo desequilíbrio, dentro desse que já vivemos, e a confusão só aumenta. É o caos.

A busca do "novo" ponto de equilíbrio, é um caminho único, individual e repleto de novas opções (SIM, sempre elas).
Consigo buscar esses novos pontos de equilíbrio com pequenas conquistas. Diárias, semanais, mensais, anuais, décadas.
O eixo de tudo é que estão interligadas, fazem sentido. Contexto e conteúdo.
Não representam um plano inicial que nunca muda.

Tive vários planos que não deram certo, alguns nem consegui por em prática.
Muitos dizem que eram apenas sonhos.
Mas de acordo com as realidades que a vida me apresentava (e ainda tem muito por vir), fui traçando objetivos.
Depois de muito tempo percebi que estavam alicerçados no equilíbrio.


Acredito que o equilíbrio, em tudo o que realizamos, não pode representar um ponto final.
Precisa ser um ponto inicial.
Se o desequilíbrio vai ter origem externa ou interna, é uma questão de momento.
Se nos apresentar-mos como agentes em momentos inadequados, vamos arcar com as consequências (boas ou não tão boas).
Não podemos prever, mas buscar evoluir quando estes momentos se apresentam.

E você?
Já se vui sem equilíbrio ou em estado de?
E por favor, não estou chamando niguém de desequilibrado. Nem eu.

Esse blog, é em homenagem e agradecimento a uma pessoa muito especial.
Que me proporcionou experimentar esse dois, que parecem extremos, opostos, mas que se completam.
Ela me possibilitou evoluir.


SE EU PERDER OS SENTIDOS.

Se eu perder o sentido do tato,
vou lembrar de tuas mãos, do eu rosto, do teu corpo.

Se eu perder o sentido do olfato,
vou lembrar de teu cheiro, saberei quando chegas.

Se eu perder o setido da audição,
vou lembrar de tua voz me chamando.

Se eu perder o sentido do paladar,
vou lembrar, sem dúvida, do teu sabor.

Se eu perder a visão,
vou lembrar do teu sorriso.

Se, por algum motivo, eu perder todos ao mesmo tempo,
vou te esperar ou te encontrar
em algum lugar que faça sentido.

Se eu te perder,
não faz sentido,
perco o equilíbrio.

Para Andréia,
Meu ponto de equilíbrio.