2012-08-05

Ciência para Realizar.


Trabalho com Contabilidade.
Um dos aspectos da Ciência Contábil que desperta minha atenção é a necessidade de aplicabilidade.
Por ser uma Ciência Social APLICADA tudo, ou quase tudo, que se aprende precisa ter uma aplicação real. Precisa ser Realizado.

Para isso, tanto o aprendizado quanto a execução precisam respeitar etapas.
Os avanços são gradativos; por vezes lentos, mas consistentes.
Pode-se dizer que é Cíclico, porém Helicoidal.

O fato de se respeitar as etapas do processo (tanto de aprendizado como de execução) proporciona, além de saber exatamente onde e quando ocorreram falhas, a possibilidade de corrigi-las em um curto espaço de tempo, alcançando-se o resultado desejado de maneira rápida e consistente. O trabalho científico concluído com êxito.

Acredito que o caminho para tal realização é o Equilíbrio.
Elementos como conhecimento, tempo, recursos tecnológicos e humanos precisam estar em equilíbrio para que o resultado seja alcançado com as características desejadas.
No início parece que o trabalho não avança, que está lento ou que não se chegará a lugar algum.

De repente acontece algo que não se poderia imaginar.
Como se já estivesse tudo ali, disposto daquela maneira, o tempo todo, percebe-se que o trabalho está concluído, e com as características que nortearam todo o processo.
No prazo, consistente, e de acordo com todos os elementos necessários, do ponto de vista da Ciência e legal.

Quando se chega a esse ponto, é hora de recomeçar.
Um novo ciclo vai se iniciar e se repetir.
Uma nova, e diferente, possibilidade de crescimento.
Será acrescido conhecimento, segurança, consistência e senso de profissionalismo (não necessariamente na mesma ordem).

A partir desse momento percebe-se que:
- É possível – Precisa acreditar;
- Sou capaz – Fazer a lição de casa é fundamental para executar com segurança.

Na semana que passou, aceitei o desafio de estudar com um grupo, tendo como objetivo principal o de alcançar objetivos concretos.
Como já disse, é Contabilidade e isso me lembra Aplicabilidade.
O que me fascina é a possibilidade de construir algo.
Inexiste fórmula ou a linha de chegada definida.

Sabemos onde queremos chegar, mas precisamos construir a estrada (o caminho), pois precisaremos passar novamente por ela.
Esta é a parte Cíclica.
Quando estiver pronta, iremos mais longe, por conta do crescimento alcançado.
Esta é a parte Helicoidal.

A velocidade?
Vai depender de encontrarmos um elemento que a meu ver é fundamental.
O Equilíbrio.

Desejo que o objetivo seja alcançado.
Desejo que todos os envolvidos tenham algum crescimento.
Desejo que possamos dizer que conseguimos.
Que conseguiremos novamente e que mostraremos como realizamos.

Uma boa semana.

2009-08-18

A dimensão real.


Era uma tarde fria do mês de julho quando minha sogra mencionou que havia acabado a lenha para o fogão. Prontamente me ofereci para cortar. Peguei um machado e comecei.

Meu cunhado, que tem onze anos, observando o que eu fazia fez a pergunta:
Por que tem que cortar a lenha antes de colocar no fogão?
É porque não tem espaço para uma desse tamanho?

Respondi que sim, porém a pergunta despertou uma curiosidade no sentido de aproveitar aquela experiência, que parecia simples e um pouco incômoda, para refletir (estava muito frio para cortar lenha) para refletir.

Comecei a imaginar que poderia haver um motivo, além do tamanho, para cortar a madeira.

Quando consegui a quantidade suficiente de lenha cortada, organizei e levei para o lado do fogão, para que minha sogra iniciasse o tão desejado fogo.
Nesse momento que ela disse: Tem que cortar alguns bem pequenos, ou não vai pegar fogo.
Peguei novamente o machado e fui cortar algumas lascas.

Quando terminei, organizei tudo novamente, e pedi para observar como ela preparava o fogo.

Ela retirou do fogão as cinzas que restaram do dia anterior, verificou se os gravetos estavam secos, colocou-os dentro do fogão e ateou fogo.
Assim que os gravetos estavam completamente em chamas ela colocou um pedaço da lenha dos que eu havia cortado.
Finalizando ela disse: Pronto, agora é só cuidar para não faltar lenha que não apaga.

Olhando para aquele fogo, que era maravilhoso tendo em vista o frio que fazia, aproveitei para refletir sobre como tratava meus problemas e minhas idéias.

Percebi que muitas vezes tratei meus problemas como os troncos de madeira.
Muitas vezes deixei que se tornassem tão grandes que as ferramentas que estavam a minha disposição eram insuficientes para resolver.
Precisava me dedicar a obter a ferramenta certa, no momento certo, e, como protelava, eram em dias nada agradáveis que precisava me envolver para resolvê-los.
Algumas vezes os problemas eram do tamanho dos gravetos, mas eu os via como se fossem o tronco de uma grande árvore.

Quanto as minhas idéias as constatações foram ainda piores.
Entendi o motivo pelo qual muitas vontades, desejos, sonhos não se tornavam realidade.
Sempre queria que fossem algo grande, magnífico, e me esquecia (provavelmente não sabia) de que as grandes realizações um dia foram pequenas.
Curiosamente as idéias que pareciam ser mais insignificantes também eram as mais sinceras, com mais intenções positivas, as de mais coração, de mais sentido para a vida, simples assim.
As maiores eram muito racionais, muitas vezes sem vida.

Para mim é uma certeza como o fogo, que começa pelo graveto (que é composto do mesmo material da lenha maior) e aumenta em intensidade, “contagiando”, até o ponto de não se poder identificar como se deu esse início.

A decisão foi simples, como muito do que é bom na vida.

Tratar meus problemas quando ainda são pequenos, mas se não puder, procurar obter as ferramentas para que sempre seja possível solucioná-los.
Quanto as minhas idéias, identificar, observar e cultivar as que começam pequenas, sinceras, despretensiosas, com alegria, que fazem bem. Essas têm grande possibilidade de serem realizadas e de proporcionar realização.

Acredito que o resultado será agradável como foi o calor, do fogo, naquele fim de tarde.
Todos se sentiram bem apesar da adversidade externa, o frio.

Desejo que seus problemas sejam do tamanho que você possa solucionar, e que suas idéias mais sinceras, alegres e de coração se realizem.

Um detalhe.
Antes de tudo, retire as cinzas.
As cinzas não pegam fogo.

Uma boa semana.

2009-02-05

Travessia




Na noite que passou sonhei com dois homens.
Um se chamava SEMPRE e o outro se chamava ÚNICO.

Tinham algo em comum.
Os dois decidiram que precisavam atravessar, a nado, o Oceano Atlântico.

Tinham, também, uma diferença essencial.
SEMPRE poderia voltar, pois gozava de condições favoráveis ao retorno. Dependia apenas de sua vontade.
ÚNICO poderia até voltar, mas as condições não eram tão favoráveis assim. Não dependia apenas, ou simplesmente, de sua vontade.

Iniciou-se a travessia.

Como era previsto, e perfeitamente compreensível, SEMPRE decidiu voltar. Qualquer motivo alegado é perfeitamente aceito e incontestável. Tudo fica bem, sem mencionar a importância da experiência para sua vida. Voltou renovado, mais disposto a enfrentar as adversidades do cotidiano.

Já ÚNICO, ao olhar para trás, e não mais avistando o ponto de partida, parou. Sentiu vontade de voltar. Os motivos são os mais variados, dos extremos do racional ao emocional.
Havia um pequeno detalhe, não dependia somente de sua vontade, pois mais alguns fatores deveriam estar em sintonia para favorecer sua volta.
Respirou fundo e continuou a travessia. Entre uma braçada e outra aproveitava para refletir sobre o que viveu e o que estava vivendo.

Muitas vezes fui o SEMPRE. Aprendi muito. Foi bom.

Hoje sou o ÚNICO. Aprendo bastante também, só que de outra forma.
A intensidade da lição é exponencialmente maior. Falta mais da metade para concluir.

Acredito que vou concluir a travessia com êxito por quatro motivos.
- Recebi muito amor e carinho quando era criança.
- Recebo muito amor e carinho de quem me acompanha.
- Creio que esse amor manifesta a presença de Deus em minha vida.
- Não costumo desistir (apesar das adversidades).

Tenho apenas uma certeza.
Não sou mais o mesmo que iniciou a travessia.
Como serei ao final? Não sei. A experiência é ÚNICA.

Como cheguei a esse grau de cumplicidade, hoje não vou perguntar (provocar).

Sintam-se a vontade para comentar, ou, simplesmente, voltar.


2009-02-04

Quem pegou?



Acabara de escrever um significativo trabalho de três folhas (em conteúdo, não extensão) e, quase que instintivamente, decidi que as folhas seriam grampeadas.
Como não tinha muito tempo (sim estava com o prazo já esgotado) abri a gaveta para pegar o equipamento que realizaria a “segura união” daquelas folhas.

Fiquei surpreso (quase irritado) quando percebi que o grampeador não estava onde tinha deixado pela última vez. No lugar do grampeador.

Imediatamente lembrei que, como sou prevenido, tinha uma caixa com grampos e iniciei uma cruzada em busca da mesma.

Ao encontrá-la tive uma sensação quase que de alívio (acabou o problema), mas isso durou apenas até eu abrir a caixa e constatar que estava vazia.

Consegue imaginar como me senti?

O interessante foi o que percebi depois disso.
Uma lição simples, mas que faz diferença.

Qual é o lugar das coisas?

O lugar das coisas é perto de onde (lugar) e quando (freqüência) são utilizadas.

O grampeador e a caixa de grampos estavam vazios porque eu não os utilizava há um ano e meio. Isso mesmo 18 meses.

Como fazia tempo que não utilizava a bendito “equipamento de precisão”, não me preocupara com o lugar onde estava, nem se estava abastecido com o item metálico que une as folhas.

Acredito que os bens de uso servem para isso mesmo, e não para serem de alguém (posse e/ou propriedade).

Depois de 18 meses seria um tanto egoísta “reivindicar” que qualquer item de utilidade estivesse no lugar que eu “imaginasse”, e pronto para uso.

Lembrei de como faço para preparar o que vou comer (almoço, jantar, lanche). Os itens que deixo de procurar junto com os alimentos são os que utilizo com frequência. Estão na cozinha (panelas, talheres, pratos).

Quando mais essencial a necessidade, mais simples e compreensível é a solução.
Difícil aceitar grampeador fora do lugar e caixa sem grampos,
Também é difícil esquecer-se de comprar o tempero preferido para o almoço, e de antes verificar se a cozinha está em condições para o preparo do mesmo.

A necessidade de almoçar é bem mais essencial do que a de unir três folhas (e nem se sabe se é “para sempre”). Simplificar contribui muito para a solução, o problema é que simples não é e nunca será sinônimo de fácil.

Hoje procuro organizar os utensílios próximos de onde e quando serão utilizados.
Se não utilizo por algum tempo, pode ser o momento de repensar sua utilidade para mim. Nesse caso entrego a alguém que faça melhor uso. Afinal, foram inventados com essa finalidade.

Dessa forma não existe desgaste, e minhas necessidades são atendidas, sem falar que não fico preguiçoso.

A propósito, o problema das folhas foi resolvido com a utilização de um clipe de papel.
O mesmo preenchia os dois requisitos mencionados.
A única certeza é de que a união não foi “para sempre”.

E você?
Acredita que as coisas devem estar no lugar que você determinou?
Já se desgastou devido a isso?

Como viu já fui assim. Aprendi a ser diferente faz pouco tempo.

Estaria disposto (a) a rever este conceito?

Um abraço.


2008-12-05

O Pão caiu... perdi o equilíbrio!



Na semana que passou preparei um pão com manteiga para acompanhar o café. Devido a pressa deixei cair. Adivinhe para que lado ficou a parte com manteiga. Sim, para baixo.

Imediatamente surgiu uma lista de frases como, só acontece comigo, que droga, e outras tão fortes que nem tinha me dado conta que conhecia (palavrões). Só que não pronunciei nenhuma delas.

Na hora, lembrei-me de quando vi uma menininha (devia ter no máximo dois anos, estava acompanhada da mãe), tentando comer um pão preparado com o mesmo, e precipitado, ingrediente. O que chamou minha atenção foi sua reação, pois começou a rir de uma maneira contagiante. Percebi que todos fizeram o mesmo.

Constatei que enquanto crescia, e adquiria consciência, aprendi a dar mais importância a algumas coisas e menos a outras. Tudo bem se não fosse o fato de abandonar reações e atitudes que fazem bem.

Toda essa consciência acabou por minimizar a capacidade de manter o equilíbrio (e até de me alegrar), com situações simples cujas conseqüências não são ruins. Fiquei envergonhado, pois uma criança encontrava graça em um pão que caia, mas eu praguejava. Como se isso fosse resolver.
Me encontrava "desequilibrado".

Decidi abandonar algumas coisas que aprendi enquanto crescia. Percebi que, na verdade, são de pouca ou nenhuma serventia para viver. Também resolvi tentar lembrar das reações que tinha enquanto criança, enquanto não tinha aprendido a reclamar, e tentar adaptá-las para o momento atual.

Concluí que, se aprendi enquanto crescia (sem consciência), posso desaprender o que não serve mais (com consciência) e abrir caminho para novos aprendizados.

Acredito que assim, encontre o equilíbrio e possa, novamente, rir de um pão que cai.

E você?
Já teve uma reação incompatível com “um pão com manteiga que caiu”?
Acha que consegue ser equilibrado e contornar a situação?

Vale ser criativo. Quer ver?
Desse momento em diante, só preparo sanduíches.
Se cair, a manteiga vai ficar do lado de dentro.

Deixo um abra
ço, uma reação de criança que tento reaprender.


2008-12-03

Mais Contraste, Menos Contraste .... até Equilibrar

Tem algum tempo desde que me decidi por tentar entender como o ser humano se comporta ao viver em sociedade.

Como na maioria das vezes preciso ver para acreditar, tive a idéia de fazer uso do contraste. Aquele botão que tem no aparelho de televisão, no monitor do micro, do celular. Achei que esse recurso poderia ajudar a enxergar algo que me parecia existente.

Cada vez que observava e refletia sobre seres humanos vivendo em sociedade, acionava um dispositivo imaginário. Mais contraste, menos contraste.

Percebi que, em algumas cidades, as pessoas de dividem (ou organizam) de maneira que, os que possuem mais (ou muito) recurso se localizam em um determinado lugar, e os que possuem pouco (ou nenhum) recurso se localizam em qualquer lugar (desde que seja bem longe). Quando, por algum motivo, precisam ir até a localidade do outro portam-se como se estivessem em um mundo completamente diferente. Como se o outro ser fosse estranho (muito contrate). Mas quando voltam para casa, agem como se todos fossem iguais (pouco contraste). Na realidade ajustam o contraste para obter uma imagem que os satisfaça. Fiz o mesmo para tentar entender. Utilizei mais e menos contraste.

Já em outras cidades, as pessoas não se dividem assim. Apesar da diferença de recursos convivem próximos. Sabem das dificuldades ou das facilidades que fazem parte da vida do outro, a diferença é que convivem (uma interessante lição) normalmente com isso, ao ponto de enxergar a realidade do outro diariamente, com respeito. Utilizam pouco contraste para a localização, mas bastante contraste para fazer prevalecer o valor do ser humano.

Acredito que o ser humano, ao ser criado, recebeu, algumas características para que pudesse aprender com ele mesmo, bastando olhar para si próprio. Lembro disso quando surge o assunto sobre a cor da pele. Aprendemos muito cedo a ver o mundo com o contraste no grau mais elevado (pode ser difícil baixar, não impossível). Se diminuirmos o contraste (que muitas vezes insistimos e utilizar no grau máximo) veremos que somos todos iguais. Um dos presentes que recebemos e que insistimos em renegar.

Concluí que quanto mais radical algo se apresenta mais contraste precisarei utilizar para tentar entender. Conseqüentemente, quando menos radical, menos contraste.
Após entender, para melhor viver, devo regular o contraste.
Em busca do equilíbrio.

Fica a sugestão.
Quando precisar compreender algo, e estiver difícil de enxergar, ajuste o contraste, pode ajudar.

Vou dar um exemplo.
Na imagem abaixo, o conteúdo é o mesmo.
Tente diminuir o contraste. Não são iguais?

Depois disso, se puder e quiser (sem nenhum compromisso), me diz como foi.
Até o próximo.


2008-12-02

O Caminho Que Leva ao Equilíbrio

Fico impressionado com as soluções que se pode encontrar ao percorrer um caminho.

A imagem de que, primeiramente, tenho lembrança, é a de um homem sentado, pensando. Concordo com o fato de que, para se chegar a uma conclusão sobre um determinado assunto, pode ser ideal (para abstrair).
Já quando se precisa contar com a intuição, percorrer um caminho pode ser mais produtivo.

Todas as manhãs, quando vou para o trabalho, percorro um trajeto que leva aproximadamente vinte minutos (é uma subida que tem um nome sugestivo).
Quando saio de casa, estou ansioso para começar o dia, apreensivo com o que pode ocorrer, e cheio de dúvidas de como deveria proceder.

Durante o trajeto observo as pessoas se deslocando. Imagino seus destinos, e lembro que tiveram uma preparação semelhante a minha antes de sair de casa.

Percebo que os mais jovens são mais alegres (sorrisos), andam em duplas ou em grupos, ou ainda ouvindo música (muito usam fones de ouvido).

O mesmo não acontece com os de meia idade e os mais idosos.
Apesar de, a meu ver, poder dispor de uma situação relativamente melhor do que os mais jovens, não me parecem agir de forma semelhante. O rosto não estampa um sorriso, o olhar não tem o mesmo brilho e, geralmente, se deslocam sozinhos.
Quando em dupla ou em grupo reclamam de algo (que não podem mudar).

Ao final do caminho estou diferente. Meus anseios, minhas dúvidas e uma inconveniente indisposição ainda existem, só que em tamanho e intensidade quase insignificantes.

Provavelmente seja intuitivo, mas o resultado é que me vejo em estado de equilíbrio.


Equilíbrio para dizer “bom dia”, para começar a trabalhar, e para interagir com as pessoas.
Freqüentemente, ao final da subida, digo: Vai ser um bom dia.

É assim que aproveito o caminho.

E você?

Já se sentiu melhor após percorrer algum caminho?